
Lançado originalmente em 1951, o livro Fundação, de Isaac Asimov, é o primeiro volume da clássica Trilogia Fundação, vencedora do prêmio Hugo de melhor série de todos os tempos. Repleta de grandiosos cenários, a space-opera apresenta o Império Galático, que possui 12 mil anos de grandeza e estabilidade. Porém, o matemático Hari Seldon, criador da psicohistória – ciência que mistura matemática e sociologia e é capaz de prever o futuro da humanidade – vê que a queda do império esta próxima, e pior, será seguida de 30 mil anos de barbárie, caso nada seja feito.
Preocupado com o fim da humanidade e com o terror que será instalado, Seldon e um grupo de cientistas traça um plano pela preservação do conhecimento de todo o universo humano, capaz de reduzir essa era de barbárie para apenas mil anos. Porém, apesar da previsões do cientista-profeta, a falta de provisões e desenvolvimento podem atrapalhar este plano.
A violência é o último refúgio do incompetente.
Se você é fã de Star Wars, esse livro com certeza é para você. Mas acho que uma resenha não pode se resumir a isto, não é mesmo? Então vamos conversar um pouquinho sobre a minha experiência de leitura com o primeiro livro de uma das trilogias mais famosas da literatura contemporânea, que por acaso estava encalhada aqui na estante desde 2018...
Peguei esse livro para ler sem grandes pretensões durante esta quarentena. Então imagina quão gratificante não foi encontrar nele uma aventura envolvente, cheia de ação, estratégia e personagens divertidos? Pois é! Mas vamos por partes. Para ser justa, preciso admitir num primeiro momento foi difícil imergir na história. Somos jogados no meio de um universo do qual não conhecemos nada, cheio de nomes diferentes que significam coisas inimagináveis e de uma ação que não esperávamos, logo nas primeiras páginas. E quando você acha que pegou o ritmo, a história da um salto no tempo e lá vai você ter que entender tudo isso de novo.
Não parece promissor, eu sei. Mas é que o livro é dividido em 5 capítulos, que bem poderiam ser considerados contos independentes, sobre a formação desse universo futurístico no qual se passa a história. E embora a narrativa não seja linear, nos moldes tradicionais, o conjunto da obra nos dá um panorama geral do que foi a queda do I Império Galático e da construção de uma nova era, calculada por uma ciência baseada na ideia, não na força.
Não quero entrar em muitos detalhes sobre a história, para não acabar estragando a leitura de ninguém. Mas acredito que os maiores méritos desse livro estão no seu enredo instigante, na narrativa que leva a gente com fluidez (é um livro de folego, acredite!) e nas críticas sociais que faz a humanidade do século XX (e que também serve para nós, do século XXI).
A única coisa que Asimov ficou me devendo com esse livro foi uma participação feminina mais ativa. Não temos uma personagem mulher que seja relevante ou bem desenvolvida. Tive a sensação de que, para um autor tão visionário, os papéis sociais baseados nas diferenças de gênero (e para ser honesta, em uma sociedade machista mesmo) se assemelham demais ao nosso tempo.
Ora, vamos lá. Desde quando preconceito segue qualquer lei, além de sua própria?
Isaac Asimov foi um escritor e bioquímico norte-americano, nascido na Rússia, autor de obras de ficção científica e divulgação científica. É considerado um dos mestres da Ficção Científica, embora também tenha escrito obras de mistério e fantasia, assim como uma grande quantidade de não-ficção. No total, escreveu ou editou mais de 500 volumes.
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