
2024 passou como um borrão por aqui. Olho para trás e só consigo me lembrar das horas sentada em frente ao computador: às vezes procrastinando, muitas vezes trabalhando. E os momentos de procrastinação parecem ter um peso muito maior, embora eu saiba que foi o trabalho que me causou crises de ansiedade bem profundas.
Em 2024, não li muito. Não fui ao cinema. Não fiz academia e, por um tempinho, nem mesmo preparava minhas refeições direito. Não escrevi aquele livro que sempre sonhei em escrever. Não olhei muito para aquilo que eu gostaria de fazer além das próximas 24 horas. Também não organizei a minha empresa. Não semeei novas oportunidades. No fim, me parece que 2024 foi um ano repleto de "nãos".
É claro que houve bons momentos também. Mas, de onde estou agora, parece que 2024 foi o ano em que cheguei ao fundo do poço emocional — embora eu saiba que, nas questões práticas da vida, poderia ter sido muito pior. Aparentemente, também fui atingida pela famosa crise dos 20 e poucos ou, no caso, 20 e tantos.
Mas, para 2025, quero muito sair desse "modo sobrevivência". Quero viver uma vida que valha a pena, mesmo que eu não tenha ninguém para contar sobre ela depois. Ser um cadinho mais egoísta e ter experiências que me façam bem em primeiro lugar.
Uma mudança que, na verdade, espero que seja para a vida toda. Valer a pena, afinal, é saber que, mesmo com dificuldade, foi bom. E isso definitivamente não se aplica aos últimos 12 meses. Só foi difícil mesmo. Estagnado. Permanentemente envolto na modorra.
Por isso, adeus, ano velho. Me recuso a repetir esse ano de novo.
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