
Provavelmente, esta é a quinquagésima oitava vez que eu "começo" um blog. Da primeira vez, eu devia ter 12 ou 13 anos, mesma época em que me tornei uma leitora assídua de livros com mais de 200 páginas (qualquer dia desses, reconto essa história). Naquele tempo, esse tipo de conteúdo realmente era acessado pelas pessoas, e eu estava descobrindo o maravilhoso mundo da escrita.
Em algum ponto, aquele primeiro blog se perdeu, e, nos últimos 14 anos, tenho recomeçado e desistido inúmeras vezes de criar conteúdo nesse formato. Na maior parte desse tempo, inclusive, nem chamávamos isso de "criar conteúdo". Era apenas "escrever em um blog" mesmo. Sei que algumas vezes desisti porque a plataforma já não tinha mais o alcance que eu gostaria. Em outras, os compromissos da "vida real" usurparam todo o meu tempo: nesse meio do caminho, terminei a escola, fiz faculdade, arranjei alguns empregos, sobrevivi à pandemia e até comecei a empreender.
Mas sinto falta da escrita. Especialmente dessa escrita descompromissada, sem uma estrutura tipo storytelling, sem precisar seguir regras definidas por sei lá quem para vender um infoproduto ou serviço no final. Sem ter que fazer esse texto caber em 10 cards de Instagram (agora pode até 20!) ou em uma legenda com, no máximo, 2.200 caracteres.

A verdade é que pouquíssimas pessoas mantiveram o hábito de acessar uma página na web apenas para ler um texto que não seja uma notícia ou uma receita de bolo. Com as redes sociais, escrever para um blog tradicional parece até um desperdício de recursos. As chances de monetizar aqui são muito, muito, muito menores do que em outras plataformas.
Então, o que cargas d’água eu estou fazendo aqui?
Para ser sincera, estou dando um grito de rebeldia inútil, que dificilmente vai me levar a algum lugar. Mas estou cansada de fazer coisas apenas em função de engajamento, monetização e "ser produtiva". Estou escrevendo porque isso aqui é um hobby e, como tal, não preciso dele para viver. Mas é certo que preciso para não enlouquecer.
Não me entenda mal. Talvez você tenha chegado aqui por um post no Instagram ou outra plataforma. Não pretendo me isolar do mundo online no último reduto seguro da internet. Mas...
Para ser honesta com você, não acredito que haja algo mágico ou especial que fará desta vez "ser para valer". Só estou me sentindo nostálgica, com saudade de um tempo em que era mais simples estar online. E, de certa forma, ter um blog é parte da "pessoa que eu sempre quis ser". E isso só vai se tornar real se eu fizer alguma coisa, não é mesmo?
Bom, de modo geral, este é um texto meio sem propósito, apenas para marcar a minha volta para cá. Seja bem-vindo(a) de volta!
Para ser sincera, estou dando um grito de rebeldia inútil, que dificilmente vai me levar a algum lugar. Mas estou cansada de fazer coisas apenas em função de engajamento, monetização e "ser produtiva". Estou escrevendo porque isso aqui é um hobby e, como tal, não preciso dele para viver. Mas é certo que preciso para não enlouquecer.
Não me entenda mal. Talvez você tenha chegado aqui por um post no Instagram ou outra plataforma. Não pretendo me isolar do mundo online no último reduto seguro da internet. Mas...
Para ser honesta com você, não acredito que haja algo mágico ou especial que fará desta vez "ser para valer". Só estou me sentindo nostálgica, com saudade de um tempo em que era mais simples estar online. E, de certa forma, ter um blog é parte da "pessoa que eu sempre quis ser". E isso só vai se tornar real se eu fizer alguma coisa, não é mesmo?
Bom, de modo geral, este é um texto meio sem propósito, apenas para marcar a minha volta para cá. Seja bem-vindo(a) de volta!
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